As paredes da mansão pareciam mais apertadas naquela manhã. A claridade que entrava pelas janelas altas não trazia calor, mas uma frieza cortante, como se soubesse o que estava prestes a acontecer. Pravat acordou cedo, mesmo depois da noite mal dormida. Os segredos revelados por Arun e a sombra do seu avô pairavam sobre sua mente como nuvens carregadas antes da tempestade.
Arun ainda dormia em um dos quartos de hóspedes, exausto pelas memórias que decidira abrir. O velho confidente não era apenas um ex-funcionário fiel, mas o guardião silencioso de uma história muito mais profunda e perigosa. O que mais ele sabia? E por que escolhera aquele momento para revelar tudo?
Enquanto tomava café com Bela, o telefone de Pravat vibrou. Uma mensagem, sem remetente.
“Você mexeu onde não devia. Pare agora, ou perderá tudo. Incluindo ela.”
Ele arregalou os olhos, a xícara quase escapando de sua mão. Bela, percebendo a tensão repentina, ergueu os olhos.
— O que foi?
Pravat mostrou o celular. O rosto