Era o tipo de evento que só acontecia uma vez por geração.
O Centro Internacional de Convenções de Genebra, na Suíça, parecia pulsar com uma energia que misturava tensão, curiosidade e urgência. Ali, sob cúpulas de vidro, bandeiras de dezenas de países tremulavam, representando um novo tipo de assembleia: não regida por forças políticas tradicionais, mas por um senso coletivo de verdade e reparação.
Jornais do mundo inteiro chamavam de “o tribunal do século”. Alguns grupos conservadores a viam como uma farsa teatral, enquanto outros, principalmente ONGs e movimentos populares, diziam ser a chance de reequilibrar séculos de abuso e silêncio.
No centro disso tudo, estavam eles: Pravat, Bela e Arun.
Vestindo trajes sóbrios, sem símbolo de corporação ou governo, o trio entrou no grande salão como representantes de uma nova ética. O silêncio que os recebeu foi quase reverente. Câmeras captaram cada passo, cada troca de olhar.
— Nunca vi tantos rostos atentos ao mesmo tempo — murmurou Bela,