Um ano depois.
O mundo ainda carregava cicatrizes do colapso da Silken, mas nelas brotavam sementes de algo novo.
Pravat, Bela e Arun não desapareceram nas sombras da história. Em vez disso, construíram a Fundação TERA — Transparência, Ética, Reparação e Acesso — com sede em Bangkok, no antigo prédio da filial Silken. Um local antes símbolo de controle e silêncio, agora dedicado à reparação, à educação e à inovação transparente.
Bela liderava os projetos sociais e educativos. Tornara-se uma referência mundial em ética digital, mas seguia com os pés no chão. Os olhos brilhavam mais quando falava com as crianças nas comunidades do Norte da Tailândia do que em qualquer conferência internacional.
Pravat, por sua vez, percorreu o mundo com novos olhos. O nome que antes pesava agora era uma ponte. Visitava aldeias afetadas, reconstruía pontes com famílias que um dia foram usadas como marionetes da Silken — sempre levando não só recursos, mas escuta. Era isso que o tornava diferente do avô.