O prédio antigo da Silken, conhecido entre os funcionários mais antigos como "A Origem", ficava no centro antigo de Bangkok, uma construção em estilo colonial restaurado que contrastava com os prédios espelhados ao redor. Ali dentro, diziam, repousavam os registros físicos da fundação da empresa — contratos originais, projetos visionários do avô de Pravat, diários esquecidos. Era um templo da memória corporativa. E, mais do que nunca, Pravat precisava da verdade que esse lugar guardava.
Bela, com uma lanterna e um fichário nas mãos, caminhava ao lado dele pelos corredores abafados e cheios de poeira. O cheiro de papel antigo e tinta ressecada dava a sensação de que o tempo havia parado ali.
— Aqui tudo parece suspenso no tempo... — ela murmurou, passando os dedos por um porta-arquivos de ferro carcomido.
— É porque está — respondeu Pravat, parando diante de uma porta com um símbolo entalhado em madeira. Era o brasão original da Silken: duas serpentes entrelaçadas em torno de uma espir