No banco do passageiro, Lívia ajeitou-se, olhando pela janela com um misto de inquietação e cansaço. O silêncio no carro era confortável, mas carregado de emoções não ditas.
Arthur quebrou o silêncio primeiro, a voz baixa e sincera: —Quero pedir desculpas de novo, Lívia. Eu sei que falhei em estar ao seu lado quando você mais precisou. Não tem justificativa para isso.
Lívia voltou-se para ele, o olhar sério mas compreensivo.
—Você tinha razão sobre o Rafael. Eu fiquei magoada, claro, mas olhando de fora, entendo que você tentou proteger a mim e à empresa. Foi difícil, mas você não estava errado em se preocupar.
Ele sorriu levemente, aliviado com a compreensão dela. —Ainda assim, não quero que isso fique assim. Sei que o Marcelo foi direto ao CEO antes de falar comigo. E, olha, eu entendo o lado dele — a relação de negócios, a confiança que eles têm... Mas isso não pode impedir que a denúncia seja feita da forma correta. Rafael precisa responder por isso, e isso precisa ficar