Ficar.
Foi tudo o que ele pediu.
E eu fiquei.
Mesmo sabendo que era perigoso. Mesmo sabendo que o queimar da pele dele sob a minha era um convite para algo sem volta. Fiquei ali, em pé, com a testa colada à dele, sentindo o cheiro do soro fisiológico misturado ao calor do corpo de Luca — um perfume grave, masculino, intoxicante.
— Você é um problema, Luca — sussurrei, com um sorriso cansado, mas sincero.
— E você é a solução para todos eles — ele respondeu, os olhos abrindo devagar para me encarar.
Era uma daquelas frases cafonas, que em qualquer outro homem me arrancariam um revirar de olhos. Mas dele... vinha com um peso diferente. Ele não era do tipo que dizia palavras vazias.
O silêncio entre nós era mais eloquente do que qualquer declaração. Eu podia ouvir a respiração dele, pesada, entrecortada. Meu coração tamborilava no peito, me alertando que já era tarde demais para recuar.
Quando ele ergueu a mão e a passou devagar pela lateral do meu rosto, meu corpo respondeu ant