Estar trancada naquele quarto enquanto o mundo ao meu redor se preparava para guerra era insuportável.
Mesmo com os livros de medicina espalhados, com Rafael atualizando o antivírus dos meus dispositivos e Luca garantindo segurança reforçada nos arredores da mansão, eu me sentia... inútil. Como uma peça valiosa num tabuleiro onde ninguém deixava eu mover sozinha.
Mas eu sempre fui boa com padrões. Com observações. Com lógica.
E quando Enzo entrou no quarto naquela tarde com a expressão carregada, eu soube que eles estavam perdidos num mar de suposições.
— Alguma novidade? — perguntei, me ajeitando na poltrona.
Ele hesitou.
— A gente tem nomes suspeitos, movimentações de carros desconhecidos, algumas escutas... Mas é como se tudo levasse a lugar nenhum. Eles são bons, Sara. Silenciosos. Infiltrados.
— E se esse for o erro?
— Como assim?
Me levantei devagar, ainda com um leve incômodo na base do pescoço, e caminhei até a mesa onde meu laptop estava.
— E se a gente estiver procurando sin