As câmeras estavam todas ativas.
Rafael monitorava a operação em tempo real, com as telas divididas em múltiplos quadrantes. Cada ângulo da mansão, cada cruzamento da rua, cada acesso do sistema de vigilância da cidade. Todos os olhos estavam sobre aquele carro preto que deixava os portões da propriedade com a minha silhueta projetada no banco do passageiro.
Na tela, eu parecia distraída, mexendo no celular. Mas a verdade é que eu estava sentada ao lado de Enzo, no escritório, observando tudo de uma sala fechada a quatro chaves.
Meu coração batia tão forte que eu sentia a pulsação na garganta.
— Alvo 1 confirmado — murmurou Rafael. — Entregador da distribuidora. Moto parada no mesmo ponto dos últimos três dias. O capacete esconde o rosto. Mas a placa bate.
Luca, parado atrás dele, nem piscava.
Marco, mais afastado, girava o anel no dedo, como sempre fazia quando estava prestes a atirar em alguém.
— Ele está falando no rádio — acrescentou Rafael. — Mas o sinal é criptografado.
— Consig