O corredor que levava à Câmera do Coração era estreito, esculpido diretamente na rocha viva. As paredes exalavam uma energia antiga, pulsando em uníssono com o batimento de Elena. Runas brilhavam suavemente sob seus pés à medida que avançavam, como se reconhecessem sua presença. O silêncio era espesso, pesado, como se até o tempo temesse perturbar o que dormia ali embaixo.
Elena caminhava à frente, guiada não por mapas, mas por um chamado interior que só ela conseguia ouvir. A Despertada sussurrava através do sangue que compartilhavam. Uma melodia esquecida, uma dor ancestral, ecoando através da pedra, da alma e da lua.
— Estão sentindo isso? — perguntou Aedan, a voz baixa, quase um sussurro reverente.
— Sim — respondeu Kaela. — Não é apenas magia. É emoção. Ela está... viva. Sentindo.
— Ela sabe que estamos aqui — completou Malrik, o olhar atento às sombras que se moviam pelas bordas da luz.
Ao final do corredor, surgiu uma porta colossal. Duas metades de um disco lunar, entrelaçadas