O ar dentro da Caverna de Osseran era frio e denso, como se a própria rocha respirasse há milênios. As paredes pulsavam com um brilho fosco, marcadas por runas antigas que pareciam se mover sutilmente à medida que o grupo avançava. Cada passo de Aedan fazia as runas responderem com luz, reconhecendo seu sangue, seu direito de estar ali. Era como se a caverna o esperasse.
— Isso é... vivo — murmurou Elena, tocando uma das inscrições com cautela.
— As runas leem o espírito, não só o sangue — explicou Malrik. — Não basta carregar a linhagem. É preciso ter o coração certo.
Lucas bufou, tentando disfarçar o nervosismo.
— Que ótimo. Agora a pedra vai julgar se somos “pessoas boas”...
Kaela lançou um olhar rápido a Aedan.
— Ela vai julgar se ele é inteiro. É o Julgamento do Sangue. Não estamos aqui como guerreiros. Estamos aqui como testemunhas.
Aedan caminhava à frente, sentindo o peso do silêncio ao redor. O brilho do segundo Fragmento da Lua em seu peito os iluminava como uma tocha viva.