A floresta parecia mergulhada em um silêncio estranho. Não era o silêncio natural da madrugada, mas uma ausência absoluta de som, como se até o próprio vento temesse atravessar aquele território. Aedan caminhava à frente, os sentidos atentos, o corpo tenso como um arco prestes a disparar. Atrás dele, Elena seguia com passos leves, embora o olhar demonstrasse apreensão. Kaela e Lucas fechavam a formação, olhos atentos, mãos prontas para reagir a qualquer ameaça.
— Algo está errado — murmurou Kaela, quase como um sussurro ao vento. — A floresta deveria estar viva com sons… insetos, corujas. Mas há apenas isso… esse nada.
Lucas concordou com um aceno lento.
— Estamos entrando em território proibido. Mesmo os caçadores dos clãs evitam essas trilhas.
Aedan sabia. O lugar que buscavam era um dos mais antigos — um santuário esquecido dos primeiros lobos, onde a magia ancestral repousava em sono profundo. Ali, segundo os registros de Mirelle, estaria uma das últimas “Chamas de Sangue” — artef