O céu se abriu como um ferimento profundo, revelando uma escuridão mais densa que qualquer noite. Da fenda, escorria uma sombra líquida, espessa, que não refletia a luz — a absorvia. O ar se tornou pesado, como se o mundo inteiro prendesse a respiração diante do que despertava.
Elena segurava os três fragmentos do Véu, agora unidos como uma única peça. Mas mesmo enquanto emanavam poder, o objeto pulsava em sua mão com um calor crescente, como se tentasse escapar, como se rejeitasse sua forma completa.
— O que está acontecendo? — gritou Lucas, cobrindo os olhos. — O céu… ele está sangrando!
Kaela recuou, os olhos arregalados.
— Isso… não era para acontecer. A união deveria selar o poder, não libertá-lo!
Aedan ficou imóvel, encarando o vórtice no alto. Ele sentia algo familiar naquela escuridão — não como algo que conhecia, mas como algo que vivia dentro dele. Uma presença antiga, anterior ao tempo dos clãs. Uma fome primitiva, sem nome, sem rosto… e agora, livre.
Do céu partido caiu um