O céu estava nublado naquela manhã, mas nem mesmo as nuvens cinzentas conseguiam apagar o brilho nos olhos de Amber enquanto ela apertava com força a alça da mochila no banco de trás do carro. Benjamin dirigia em silêncio, respeitando o momento, mas ocasionalmente olhava pelo retrovisor e sorria ao vê-la observando a cidade passar com um misto de ansiedade e admiração.
Ao lado de Amber, Carla não escondia o orgulho. Havia cuidado de todos os detalhes: o look de Amber, os documentos para a matrícula e até o lanche que guardou em uma bolsinha térmica "só por precaução".
– Tá nervosa? – Benjamin perguntou, quebrando o silêncio assim que entraram na estrada.
Amber respirou fundo.
– Um pouco... é muita coisa de uma vez. Ainda parece que eu vou acordar e estar de volta no meu quartinho velho, com a Verônica gritando na porta.
Carla se virou para ela, com ternura nos olhos.
– Esse tempo acabou, Amber. E você batalhou muito para estar aqui. Você merece.
Amber assentiu, emocionada. Ela