Amber estava deitada na cama, olhando para o teto, a mente fervilhando com ideias para o abrigo. Havia tanto a fazer, tanto a planejar, e ela sentia que isso era o que a manteria viva, o que a faria sentir que estava cumprindo uma missão. A dor da perda de seus pais ainda estava cravada em seu peito, mas ela acreditava que estava lidando com isso da melhor maneira que podia. Era como se o abrigo fosse uma forma de se reconstruir, um lugar onde ela poderia encontrar algo para acreditar novamente.
Benjamin entrou no quarto com um sorriso suave, mas seus olhos estavam atentos. Ele a observou por um momento antes de se sentar na beirada da cama, seus dedos tocando levemente o caderno que ela tinha deixado sobre a mesa. – Você está determinada, Amber. Eu vejo isso em você todos os dias. Mas me diga uma coisa... você acha que o abrigo é realmente o que você precisa, ou você só está fazendo isso para se distrair da dor? – ele perguntou, a voz suave, mas cheia