Olá pessoal tudo bem? Hoje tenho para vocês um capitulo fresquinho. E gente confesso que essa Amber da trabalho, mas e uma historia que estou amando escrever. Espero que tenham gostado.
— Eu quero que vocês achem ela. Uma menina não desaparece assim! — Benjamin andava de um lado para o outro no corredor do hospital, transtornado.— Benjamin, meu filho, nós vamos encontrá-la — sua mãe tentava acalmá-lo. Nunca o vira tão abalado, muito menos por causa de uma garota. — Seu pai está vindo com o Victor.— Tudo que eu menos preciso agora é o Victor e suas piadinhas idiotas.— Ok... Vou pedir para o seu pai passar na casa dela. Vai que ela voltou pra lá.— Sim. Ela não sabe o que aconteceu. Deve ter voltado pra casa, achando que ainda é o único lugar dela no mundo.— Benjamin, espera. — A mãe o interrompeu, firme. — Você mesmo disse que ela não queria te ver. Se ela descobriu tudo que aconteceu... você vai ser a última pessoa que ela vai querer encontrar.Ele parou, como se tivesse levado um soco no estômago. A queimação na garganta o impediu de responder por alguns segundos.— Tem razão. Liga pro pai. Diz pra ele ir. Eu... eu vou pra casa. — A voz dele saiu baixa, derrotada
A atmosfera dentro do carro era densa, sufocante. Nenhum dos três ousava romper o silêncio. Benjamin mantinha os olhos voltados para a janela, mas sua mente fervilhava com as lembranças do que acabara de acontecer. Amber, encolhida no banco de trás, brincava com os próprios dedos como uma criança perdida no caos dos próprios pensamentos. Victor, sentado no banco da frente, ainda processava o fato de ter levado um tapa. Um tapa. Ele, que sempre fora tratado como rei por todas as garotas. Mas não por ela.Mesmo assim, não conseguia tirar os olhos dela. Quando a viu prestes a se jogar do penhasco, seu corpo egoísta reagiu antes da mente. E agora, mesmo ferido no orgulho, tudo o que ele conseguia fazer era olhar para o rosto dela – um rosto manchado por lágrimas.Eram três jovens, três mundos em colisão, três silêncios diferentes. E permaneceram assim até o carro estacionar diante da mansão.Assim que o motor se calou, os três praticamente saltaram do carro, ansiosos por distância uns dos
— Ela já ligou. O médico... — A cena à sua frente o fez congelar onde estava. — Acho que não precisa mais.Victor deu um passo para trás ao ver Amber e Benjamin se beijando no corredor da mansão. O olhar dele escureceu. Ele saiu dali em silêncio, os passos firmes o levando até o saguão. Parou sem saber para onde ir. Sentia-se sufocado, mas não queria voltar para dentro. Ao avistar a porta, decidiu sair. Do lado de fora, procurou por Everton, mas o mordomo devia estar em algum canto da mansão. Victor não queria cruzar mais nenhuma porta. Preferiu o jardim.Caminhou sem rumo por alguns minutos até finalmente se dar conta do que estava sentindo.— Mas que merda eu tô fazendo?Aquilo não era ele. Foi enviado para aquela cidade para "endireitar-se", mas todo mundo sabia a verdade: festas, bebida, mulheres... nunca dormira sozinho desde a primeira vez. Então por que agora parecia que alguém havia enfiado um punho em seu estômago?A resposta era tão irritante quanto óbvia.Amber.Ela o fazia
Amber despertou de um sono profundo, o tipo que não tinha mais há muito tempo. Ao abrir os olhos, por um breve momento esqueceu onde estava. Mas, como uma onda pesada, as memórias recentes retornaram — o hospital, Benjamin, a fuga, a queda. Ela suspirou, sentindo o peso voltar aos ombros. Sentou-se na cama macia e percebeu, sobre a cômoda, uma muda de roupas cuidadosamente dobradas.De início, pensou em ignorá-las. Mas logo lembrou que fazia três dias desde seu último banho. Pegou as roupas e seguiu até uma das portas — a que achava ser o banheiro. Abriu e deu de cara com um closet vazio. Revirando os olhos, riu discretamente da própria confusão e entrou na porta ao lado.A água quente a surpreendeu. Não pelo calor, mas pela sensação. A cada gota que caía em sua pele, ela sentia o corpo relaxar. Por um momento, lembrou-se de sua mãe. De quando ela a banhava numa banheira cheia de espuma e cantava baixinho. Era uma lembrança que doía e acolhia ao mesmo tempo.Na casa do zelador, onde mo
— Quando você falou em carro, achei que era... sei lá, um carro de verdade. — Victor encarava a caminhonete com cara de quem duvidava da própria sanidade.— Ei! Não fala assim da Jasmini, ela só é... um pouco temperamental. — Amber sorriu, abrindo a porta da velha caminhonete com um empurrão de leve. — Fiz uma revisão esses dias, tá praticamente uma máquina de guerra agora.— Você tá dizendo que essa coisa ainda anda?— Claro! Tá comigo há dois anos e nunca me deixou na mão. — Ela passou a mão com carinho no volante, orgulhosa.— Marrentinha... eu juro que nunca vi tanta ferrugem junta na vida.— Deixa de ser fresco, vai.— Talvez depois. Por agora, minha resposta é não. Esse carro aí parece uma arma biológica. — Ele abriu a porta, fazendo uma careta. — Vem, sai da sua pequena Chernobyl e vamos naquela lanchonete ali. Depois eu ligo pro Everton vir buscar a gente.— Só vou porque já tava pensando em passar lá mesmo. Mas pra deixar claro: vou voltar na minha caminhonete, com ou sem você
O clima entre os dois jovens não era dos melhores. Benjamin encostou as costas na parede do cinema, um pouco afastado dos outros, mas com os olhos vidrados em Amber.— Alguém pode me lembrar por que ainda estamos aqui fora, se todo mundo já chegou? — Victor parecia uma criança hiperativa, incapaz de ficar parado ou calado por mais de dois minutos.— Victor, pela terceira vez: tô esperando minha prima — Carla respondeu, impaciente. — Tu nasceu prematuro, foi?— E não é que você acertou? — Ele deu de ombros com um sorrisinho debochado e foi até Amber, que estava quieta num canto. — Marrentinha, fala pra ela que a prima pode muito bem encontrar a gente lá dentro.— Não me mete nas tuas tretas, Victor. E para de me chamar assim — ela retrucou, cruzando os braços.— Ué, tu já se olhou no espelho? — Ele apontou pra ela. — Tu é a personificação da marra.— Gente... acho que é ela — Carla interrompeu, apontando para um carro preto que acabara de estacionar do outro lado da rua. Uma jovem loira
— Aonde eles foram? — Victor não aguentou esperar o fim do filme e saiu apressado. Logo, todos estavam do lado de fora procurando por eles.— Aqueles dois ali, passando de moto? — John apontou, rindo, para a moto que cruzava a rua à frente.— Ué... Eles estão namorando? — Letícia franziu a testa, confusa.— Não — respondeu Victor, focado na moto que desaparecia no horizonte. Seu olhar era tão intenso que parecia capaz de explodi-la com a força do pensamento.— Então ela é sua namorada? — insistiu Letícia, sem noção.— Lê, querida... melhor irmos — murmurou Carla, constrangida. Queria enfiar a amiga num buraco pelas perguntas inconvenientes, mas também não podia culpá-la. Nem ela mesma sabia desse triângulo amoroso até aquele momento. O problema era que Letícia não captava nada do que estava no ar.— Já vamos indo, meninos — despediu-se Carla, puxando Letícia pelo braço.— Mas já? Nem escureceu ainda! — protestou Letícia, relutante. Agora que um dos gatinhos tinha ido embora, talvez o o
Victor chegou à mansão com o motorista de John cambaleando ao seu lado, derrotado por algumas doses a mais. Ele havia tentado acompanhar o ritmo de Victor, esquecendo que estava diante de um dos maiores festeiros de Londres.Cada gole daquela noite parecia pesar agora. Victor se amaldiçoava por não ter tido coragem de beijar Amber — e, ao mesmo tempo, lembrava dos olhos dela marejados. Aquilo o impediu.Desceu do carro em silêncio e entrou na mansão já mergulhada na penumbra da noite. Imaginava que todos estivessem em casa. Procurou por Amber e Benjamin, mas quem encontrou primeiro foi sua tia, sentada na sala com um livro nas mãos.— Tia... você sabe onde estão o Benjamin e a Amber? — perguntou direto, mantendo uma distância segura para esconder o cheiro de álcool. Ela fechou o livro lentamente.— Achei que estivessem com você — respondeu, levantando-se. Victor recuou instintivamente, mudando de lado.— Maria! — chamou a ama. Em segundos, a mulher apareceu na sala. — Alguma notícia do