LVI. A Fome Primal da Reivindicação
A súplica silenciosa nos olhos cor de mel de Serena pareceu romper a última barreira de contenção de Dominic. O desejo, reprimido por dias de autoimposição e pelo medo de sua própria escuridão, rugiu dentro dele como um lobo selvagem despertando de um sono forçado. A distância que ele tanto se esforçara para manter se tornou uma tortura, a fome primal de sua ligação com Serena clamando por satisfação em cada fibra de seu ser.
Seus olhos escureceram até se tornarem obsidiana, a luta interna refletida no tremor de seus músculos tensos, nas veias pulsantes em seu pescoço. Ele queria se afastar, protegê-la da própria besta que acreditava residir em seu interior, mas o anseio em seu peito era um buraco negro que o puxava irresistivelmente para ela, uma necessidade desesperada de senti-la em seus braços, de provar sua posse. O aroma doce e inebriante de Serena, agora mais intenso com sua proximidade, invadia seus sentidos como um afrodisíaco potente, acendendo um fogo líquido que percorria