LVII. O Amanhecer da Alma
O aroma de Serena, agora misturado com um sutil toque de terra úmida e o cheiro doce de chuva, envolveu Dominic na quietude da caverna. Ele se deitou ao lado dela, o corpo exausto, mas a alma em uma calma que não sentia há dias. Os ecos de sua raiva e a selvageria de seus atos ainda ressoavam em sua mente, mas a presença dela, o calor de seu corpo contra o seu, era um bálsamo que começava a silenciá-los. Ele a abraçou com um cuidado possessivo, seus lábios traçando a linha de seu pescoço, sentindo o pulso dela martelar sob sua pele.
Serena se aninhou em seus braços, seu corpo ainda dolorido, mas uma sensação de alívio e segurança a preenchendo. O vazio que a distância dele havia criado estava se preenchendo, e o medo que a assombrara estava cedendo lugar a uma esperança cautelosa.
Quando o amanhecer pálido se esgueirou pela entrada da caverna, Dominic estava acordado, observando os traços delicados de Serena, a luz fraca dançando em seu cabelo castanho-avermelhado. Ele a beijou suaveme