LXVI. A Luz Contra as Sombras
O terror não era uma voz, mas o silêncio que se instalou na floresta. As "criaturas das sombras" não caminhavam, não rugiam; elas se moviam como fumaça densa e maligna, deslizando entre as árvores com uma velocidade antinatural. Seus corpos, compostos de uma escuridão vibrante, pareciam feitos de puro vazio, e a única coisa que denunciava sua existência eram os olhos, pequenos pontos de carmesim que brilhavam com uma malícia ancestral. Eles não eram lobos, nem vampiros, nem qualquer criatura que a matilha conhecesse. Eram algo mais antigo, algo que se alimentava do medo.
Lilith, com a mão firmemente na de Seth, se encolheu, seus olhos dourados fixos nas sombras. Sua pele estava pálida, e o filete de sangue seco em seus lábios era um lembrete cruel do preço que ela havia pago por seu poder. Seth, sentindo a angústia dela, apertou sua mão. Sua nova energia, um presente e uma maldição, o permitia sentir cada onda de medo que emanava dela, mas também uma determinação férrea. Ele estava al