Era meia-noite quando finalmente fechei a porta do meu quarto. Meus ombros doíam. Meus pés pareciam de pedra. E minha cabeça... bom, essa carregava mais do que cansaço físico.
A noite havia sido péssima.
Um dos moradores — o Senhor Gustavo, um homem miúdo, sempre gentil e silencioso — teve uma convulsão repentina logo depois do jantar. O susto percorreu os corredores como um raio. Rafael foi rápido. Danilo, preciso. Ana apareceu em segundos. E eu...
Eu congelei.
Por um instante que me pareceu eterno, congelei.
Quando fui enfermeira em hospitais, lidei com todo tipo de situação, mas sempre com adultos — corpos mais fortes, mais resis