O frio começava a entorpecer meu corpo. O casaco que eu tinha usei para aquecer Emily. Fazia cerca de uma hora que estávamos ali e, desde pouco tempo, a temperatura começou a cair consideravelmente. Lentamente, um formigamento se espalhava por todo o meu corpo.
"Eu preciso sair daqui."
Pensei na beira do desespero.
"Não posso deixar que aconteça algo com minha filha."
—Mamãe, estou com frio —disse Emily tremendo—. Quero sair daqui. Minhas mãos estão doendo.
—Calma, meu amor —respondi abraçando-a mais forte—. Vamos sair daqui. Eu prometo.
Coloquei-a entre algumas caixas de licor, tentei abrir a porta, mas não havia nada que me ajudasse a forçá-la. Nada útil. Só medo, frio e escuridão.
—Abram a maldita porta, por favor! —batia com força—. Por favor, abram essa puta porta!
Batia e batia, mas era inútil. Ninguém vinha. Eu estava sozinha. Desesperada. Emily estava gelada, os lábios começavam a ficar azuis. Voltei