Ver Ángela dormindo é algo que eu poderia fazer por horas e horas. Ela parecia tão meiga e indefesa, como uma bonequinha de porcelana delicada. Pouco a pouco, a cor voltava às suas bochechas. Não resisti à tentação de me aproximar mais dela. Deitei-me ao seu lado, e enquanto a observava, também comecei a cair no mundo dos sonhos junto com minha pequena "cabeça de vento".
Fui despertado pelo toque de uns bracinhos em meu corpo. Era Ángela, que me abraçava ainda dormindo. Quis retribuir o abraço, mas ao mesmo tempo não queria acordá-la. A noite estava chegando, e os últimos raios do sol se filtravam pelas janelas, iluminando seu cabelo castanho com um tom dourado. Ela começou a se mexer debaixo de mim, e sua respiração tranquila preencheu o ambiente.
— Artemis, isso não foi um sonho, foi? — perguntou ela com a voz suave, esperando que tudo tivesse sido uma brincadeira ou um sonho estranho. Mas quando não respondi, ela soube que não era assim.
Suspi