O amanhecer chegou preguiçoso, tingindo o céu com tons de dourado e rosa. A vila acordou devagar, como se até o sol soubesse que aquele dia precisava ser vivido com calma. O ar estava impregnado com o cheiro de pão fresco e chá de ervas, mas, acima de tudo, havia um perfume doce no vento — sinal inconfundível de vida a caminho.
Clarice abriu os olhos sentindo Lyanna mais desperta do que de costume. Você passou a noite inteira acordada?, perguntou mentalmente, ainda sonolenta.
Eu não durmo quando o vento fala, respondeu a loba, num tom quase reverente. E hoje ele está sussurrando presságios.
No quarto ao lado, Nara também já estava de pé, sentada à beira da cama enquanto Aly se espreguiçava no canto, os olhos fixos nela. Você está bem?, ele perguntou.
Estou… mas há algo diferente hoje, respondeu Nara, e quando Aly ergueu as orelhas, Kaelen apareceu na porta, como se tivesse captado a conversa mesmo sem ouvir.
— Você não vai exagerar nas atividades hoje. — A frase não foi um pedido, foi