O som dos cascos ecoava no pátio de Thunderwoof antes mesmo que a primeira sentinela anunciasse. Ares já estava de pé na varanda, imóvel, como uma estátua feita de expectativa. O vento trazia um cheiro que ele conhecia melhor do que o próprio — doce, quente, com aquela nota quase imperceptível de jasmim selvagem.
Ela está aqui… murmurou Grendor, a voz grave soando mais como um suspiro de alívio.
Ares não respondeu. Não precisava. Seus pés se moveram por conta própria, descendo os degraus antes que o portão fosse aberto.
Clarice surgiu montada, os cabelos soltos, a pele ainda com o brilho das águas do retiro. Quando o olhar dela encontrou o dele, a matilha inteira pareceu desaparecer.
— Alfa… — ela começou, mas a palavra morreu na boca quando ele a puxou do cavalo como se o tempo que estiveram longe tivesse durado anos.
O abraço não foi só de braços, foi de alma. Ele a envolveu como quem segura algo que poderia desaparecer, e ela enterrou o rosto no pescoço dele, inspirando profundamen