O rugido da fera
A terra gemeu sob as patas do lobo negro, como se reconhecesse que algo antigo — e terrível — havia despertado.
O solo de Thunderwoof, outrora berço de juramentos e caçadas, agora sangrava em cicatrizes profundas, queimado por sombras que não pertenciam ao mundo dos vivos.
O céu, encoberto por nuvens espessas, parecia conter a respiração dos deuses. Os ventos carregavam o cheiro da morte, da fumaça e da magia corrompida.
Diante dele, não havia mais um alfa.
Havia um abismo.
Valrick já não era lobo. Era distorção.
Seu corpo monstruoso se arqueava como uma fera infernal, a pelagem negra pulsando como se respirasse sombra, os olhos ocos vazando uma névoa densa e escura. O hálito exalava podridão — o fedor da ruína.
Isso não é mais um guerreiro..., murmurou Grendor, a fera dentro de Ares, tensa. É a praga da Devoradora usando uma carcaça.
Então vamos rasgá-la.
Ares não hesitou.