A floresta já não sussurrava — ela gritava.
As árvores queimavam sem fazer fumaça. O tempo oscilava ao redor como uma realidade em colapso. A batalha entre Clarice e Saphira havia ultrapassado o limite da carne. Agora era alma contra alma.
Saphira arfava no chão, a pele ainda retorcida pela escuridão viva que a envolvia. Mas antes que Clarice pudesse avançar, a sombra que habitava o corpo da ômega se ergueu — densa, consciente, viva.
Os olhos sem pupilas de Saphira brilharam, não com fúria, mas com uma crueldade ancestral.
— Ainda insiste em me enfrentar, Clear...? — sibilou a voz da Devoradora por entre os lábios da loba caída. — Então veja o que esconde dentro de si.
O mundo tremeu.
E quebrou.
Clarice foi sugada por um redemoinho negro, engolida pelo próprio subconsciente. O campo de batalha desapareceu. A floresta sumiu.
E ela caiu.
No vazio, só havia ela.
E a dor.
O corpo flut