O campo de batalha já não era apenas um cenário de guerra. Era um cemitério de escolhas. De dores antigas. De vozes do passado enterradas sob sangue e fúria.
Entre uivos, aço contra aço, e terra rasgada por patas e garras, uma presença se fez notar. Clarice, ainda na forma de Lyanna, a Loba Prateada, sentia o calor da guerra em cada fibra do corpo. Mas então veio o frio. Um arrepio que atravessou o campo como uma lâmina invisível.
Mira.
Ela caminhava, cercada por uma aura negra ondulante. Os olhos estavam completamente enegrecidos, as pupilas devoradas pela sombra. As vestes rasgadas tremulavam, e o corpo... o corpo parecia distorcido, como se algo por dentro lutasse para mantê-la de pé.
Mas o sorriso era puramente dela. O mesmo sorriso que Clarice conhecia desde a infância.
— Finalmente... — a voz de Mira saiu baixa, cortante. — A nossa pequena aberração resolveu mostrar os dentes.
Clarice sentiu o coração acelerar. Mas não de medo. De memória.
*** Ela não está mais sozinha... ela te