A fumaça da batalha ainda pairava no ar, espessa como luto. A clareira, outrora sagrada, estava tingida de sangue e fúria. Cadáveres de caçadores e guerreiros jaziam lado a lado, e mesmo os vivos mal tinham forças para continuar de pé. O cheiro de ferro, terra e magia corrompida fazia o ar pesar nos pulmões.
Kaelith rugia no campo, espada em mão, abrindo caminho entre as criaturas que surgiam das trevas. Sua presença era uma muralha de autoridade. O rei não se escondia em tronos ou bastiões; ele guerreava.
Ao lado dele, Ashen estava parcialmente transformado, os olhos brilhando como carvões acesos, os dentes expostos numa máscara de fúria controlada. Suas garras fendiam corpos com precisão letal, e cada golpe era uma promessa de proteção à matilha.
Um caçador tentou prendê-lo com redes de prata, mas o lobo guerreiro se esquivou num salto e o jogou contra uma árvore com um único golpe no peito. O tronco estalou.
— PROTEJAM OS FERIDOS! — gritou Ashen, mesmo enquanto girava o corpo e atr