O campo de batalha era uma orquestra de fúria. O som das espadas, os rugidos de lobos, o estalar de ossos e os gritos dos caçadores misturavam-se como um cântico infernal. A clareira agora estava tingida de vermelho, fumaça dançando no ar, carregando o cheiro metálico do sangue e o calor da guerra.
Clarice golpeava com precisão. A adaga em sua mão era extensão de seu corpo, uma dança afiada e letal. Ela não sentia cansaço — apenas a necessidade urgente de proteger.
Um uivo atravessou o campo.
— NARA! — foi a voz de Kaelen, desesperada.
Clarice girou os olhos na direção da escadaria lateral da fortaleza. Nara estava no alto, organizando a evacuação de civis, protegendo os jovens e os idosos que não puderam fugir a tempo. Ao lado dela, Lira — a companheira de Ashen — guiava duas crianças, o ventre já visível em sua barriga.
Foi quando um caçador se aproximou sorrateiro, rompendo a linha de defesa.
Clarice viu, mas estava longe demais.
O homem ergueu uma lâmina curva, negra, encantada. E