Clarice correu pela floresta como se o próprio vento estivesse em seus calcanhares.
O solo úmido escorregava sob suas botas, os galhos riscavam sua pele, mas ela não parava. Seus pulmões queimavam, os olhos ardiam com o peso do que havia visto, mas nada disso importava.
Ela precisava chegar à matilha.
Precisava contar a Ares.
A sombra havia sido libertada.
E Saphira... Saphira era o receptáculo.
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A grande casa de Thunderwoof surgiu diante de seus olhos, imponente como um templo de pedra esculpido no coração da floresta. Alguns guerreiros a viram passar em disparada pelos corredores, mas nenhum ousou pará-la.
Ares estava na sala de reuniões, de pé, com Kaelen ao lado, analisando mapas de patrulha.
— Clarice? — o Alfa ergueu os olhos, surpreso com a expressão dela.
— Precisamos conversar. Agora.
Ares não fez perguntas. Apenas dispensou Kaelen com um aceno e seguiu Clarice até os aposentos dela.
Ela fechou a porta com força, virou-se e o encarou.
— Eu fui à vila dos ômegas.
— Sozinha?