O campo de treinamento estava silencioso naquela manhã.
Os guerreiros de Thunderwoof começavam a se reunir, esperando pela voz firme da comandante Clear de Arkhadia. Mas ela ainda não havia chegado.
Clarice permanecia na colina, observando a floresta adormecida ao fundo, com os braços cruzados e a respiração lenta. Algo no ar estava... errado. Ou talvez apenas diferente. Um vento cortante havia soprado pouco antes do amanhecer — e desde então, sua pele ardia em alerta.
— Lyanna... você sentiu?
— Senti. E não gosto disso. O vento vem do sul, mas o cheiro... é de dentro. Da terra. Das raízes.
Clarice fechou os olhos por um instante. O som do farfalhar das folhas parecia... chamar. Não era som, exatamente. Era um puxão interno. Um eco. Como se o solo de Thunderwoof reconhecesse sua guardiã e implorasse por sua presença.
Foi quando se lembrou.
Do que havia vivido na presença da Deusa. Da ligação selada ali — entre seu sangue, sua alma... e aquelas terras.
“Você é a guardiã do equilíbrio.