Todos encaravam Beatrice, alheios ao fato de que sua apresentação havia terminado, tão absortos estavam na discussão. Beatrice mantinha os olhos fixos em Helena e, diante do silêncio, repetiu a pergunta:
— Então, Helena, a música que você tocou foi mesmo composta por você?
A animação em sua voz era evidente, mas Helena não teve chance de responder.
— Provavelmente ela pegou de outra pessoa — interrompeu Alexander, atraindo todos os olhares. — Em todos os anos em que estivemos casados, ela nunca compôs nada.
Aproveitando a atenção de Beatrice, ele tentou destacar Isabelle.
— Isabelle, por outro lado, faz isso desde a escola. Ela toca violino divinamente, e se você a ouvisse, garanto que…
— Como você tem a coragem de dizer que a música não é minha? — cortou Helena, a voz carregada de indignação. — Eu compus essa música antes de cometer o erro de me casar com você. E, durante nosso casamento, já esqueceu que foi você quem me proibiu de tocar? Ou que quebrou o violino da minha mãe?
As pal