PESADELO
O caminho até o cativeiro da Amélia tinha sido um inferno. Estávamos a poucos quilômetros de distância e a ansiedade aumentava a cada segundo.
Eu só queria chegar logo lá. Droga!
Os carros estavam parados no meio do nada, numa área isolada cercada por mato. Pegamos as armas, ajustamos os coletes à prova de balas, o som metálico das munições sendo carregadas e os barulhos dos homens ajustando os equipamentos preenchiam o ambiente. Ninguém falava nada.
Eu estava fora de mim, a raiva e o desespero me consumindo. Tudo o que eu queria era salvar Amélia logo, abraçar ela, prender ela nos meus braços e nunca mais soltar.
Marreta estava do meu lado e parecia ansioso para dar um fim no Russo logo, como todos aqui. Maicon, PH, e o resto dos homens estavam prontos, todo mundo tinha um motivo para odiar o Russo, mas o meu era maior nesse momento, e por isso a morte dele deveria ser pelas minhas mãos.
— Vamos acabar com essa porra de uma vez! — gritei, segurando minha arma com força.
Marr