AMÉLIA
Três dias depois...
O quarto onde estou presa cheira a xixi e sujeira. O ar pesado e fétido é sufocante. Tento ignorar, mas é impossível. Minha cabeça lateja, o corpo inteiro dói. Faz três dias que não como. Às vezes, jogam um pouco de água no chão, e eu bebo do chão como um animal, mas não me dão nenhuma comida.
Estou suja e com fome, sem forças. Sinto uma humilhação profunda. Não tentaram mais me estuprar, porque durante a última tentativa, eu fiz xixi na roupa.
Lembro da última vez que tentaram me atacar. Russo se aproximou, me puxou pelos cabelos e me forçou a ficar de pé. Meu corpo tremia de medo e fraqueza, eu imediatamente senti a pressão aumentar na bexiga, mas não consegui segurar. O xixi escorreu pelas minhas pernas, encharcando minhas roupas sujas. Russo observou tudo com um olhar de desprezo.
— Que nojo! — ele exclamou, dando um passo para trás. — Você me dá nojo, sua vadia imunda!
Ele me empurrou de volta para o chão, onde fiquei encolhida.
Ainda bem que isso tinha