O sol da manhã refletia sobre a água cristalina da piscina, transformando o quintal da mansão Monteiro em um cenário digno de revista. Flores brancas e amarelas, em vasos altos, contornavam um altar improvisado ao lado da piscina. As cadeiras, enfeitadas com fitas douradas, aguardavam os convidados.
Não era um casamento grandioso, mas havia beleza discreta na organização, quase irônica, considerando o que Paloma sentia.
Ela manteve as mãos frias escondidas no colo. O vestido simples de renda branca, escolhido por Dona Bella, caía com suavidade, dando-lhe um ar angelical. Mas por dentro, o coração era um turbilhão.
Não era assim que imaginara casar. Não havia ternura nos votos, apenas formalidade.
E, ainda assim, lá estavam seus pais, trazidos por César, que comprara as passagens para eles e suas novas famílias. Permaneceriam na cidade apenas para o fim de semana. Lá também estava Tia Cida, emocionada, murmurando baixo:
— César não é um homem ruim, minha filha. Só é orgulhoso demais.
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