Não queria vender o lugar tão rápido. Não, não agora! O que faria? A ideia de arrumar as coisas, abandonar Cabaceiras… e abandonar César, era como um soco no estômago. Sentia um vazio físico, latejante, que a fazia tremer.
Oh, por que, por que o corretor tinha conseguido vender o casebre tão depressa?
Olhou para o relógio. Quase meio-dia. O corretor só voltaria ao escritório a partir das duas. Até lá, restava-lhe andar de um lado para o outro, sem rumo, como uma alma perdida. Poderia recusar a oferta? Não, claro que não. Não seria justo para com tia Cida. O corretor havia conseguido o preço certo, em dinheiro vivo… uma oportunidade que não podia ser simplesmente descartada.
Mas, e César? O que ele diria? Será que a pediria para ficar? Ou, talvez… pediria ainda mais? A dúvida se enroscava no peito dela como um nó. Talvez ela pudesse procurá-lo, conversar, saber a opinião dele não só sobre a venda, mas sobre eles.
Pensou nos últimos dias. Tinham trocado algumas palavras pelo celular, rá