capítulo 17

📘 CAPÍTULO 17 — ENTRE PORTAS FECHADAS E VERDADES QUE ECOAM

Narrado por Ana

A manhã estava calma demais, o tipo de calmaria que sempre engana. William saiu cedo, apressado, com os passos firmes e a gravata perfeitamente alinhada. A porta mal tinha se fechado quando ouvi uma vibração insistente na mesa da cozinha.

Era o celular dele.

— Ana… o telefone do papai ficou aqui — avisou Téo, segurando o aparelho como se fosse uma coisa séria demais para a idade dele.

Suspirei.

— Vamos avisar quando ele mandar mensagem — tentei evitar problemas.

Mas Téo cruzou os braços, já irritado, como sempre fazia quando estava decidido.

— Não dá. Ele precisa disso. A gente precisa levar.

— Téo, eu nem sei onde eu deveria ir lá dentro… — confessei.

— O motorista leva. E eu sei! Eu lembro o caminho! — ele insistiu, determinado.

Ele não ia desistir. E eu não suportava a ideia de William passando o dia sem o celular, ainda mais sabendo que o coração dele vinha batendo mais forte sempre que o assun
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