CAPÍTULO 2 – “PERDIDO E ENCONTRADO” Narrado por Théo Eu não gosto de shopping. Não gosto de muitos lugares, na verdade. Eles são sempre grandes demais, barulhentos demais, cheios demais. E meu pai… bem, meu pai está sempre ocupado demais. Quando eu disse “vou pegar água”, ele nem percebeu. Eu sei que não percebeu. Ele estava ao telefone, falando aquelas palavras difíceis que nunca sei repetir. Algo sobre ações, contratos, reuniões… sempre isso. Então eu fui. Só que, enquanto andava, vi um dragão. Sim! Um dragão de brinquedo gigante na vitrine. Eu tinha que ver de perto. Aí eu fui ver. E quando vi, já não sabia voltar. Parei no meio da praça de alimentação e senti aquela coisa horrível no peito—igual quando a gente cai da bicicleta. Muita gente andando rápido, crianças com mães, casais rindo, e eu… sozinho. Eu ia chorar um choro grande, daqueles que fazem barulho, mas aí ela apareceu. Ana. A moça de cabelo castanho que parecia triste e feliz ao mesmo tempo. Uma mistura que e
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