Abro os olhos com dificuldade, vejo luzes vermelhas e azuis brilhando na escuridão, ouço vozes confusas, tento me virar, contudo estou imobilizada.
— Onde estão meus filhos? Cadê o Pedro? — Pergunto ao ver um par de olhos me observando.
— Fica tranquila, estão todos bem! Vocês desceram a ribanceira, mas ninguém se feriu gravemente. — Uma voz feminina fala com tranquilidade.
Senhor, eu nunca terei uma vida tranquila? Quando penso que acabou o show de pancadaria vem a vida e me dá um acidente de presente? Devíamos ter acatado os conselhos da Camila, nada é mais importante que a segurança.
Somos levados para o hospital e felizmente nada além de escoriações no corpo, minha mãe nos dá um sermão digno e justo ao mesmo tempo que acolhe as crianças.
— Nada de viagens ou loucuras, estamos entendido? — Ela pergunta ao Pedro que assenti.
— Mamãe, deixa para brigar quando já estivermos em casa. — Peço em um meio sorriso.
Terminamos de amanhecer no hospital e mesmo que o médico fosse contra,