Luna é obrigada por seu marido a trabalhar com massagem erótica, ela odeia e tenta retrucar, mas a cada afronta um novo hematoma. Além humilhação do serviço, Luna descobre que está sendo traída pelo marido com a sua chefe o que a deixa irritada. Luna vencerá os obstáculos, porém terá de escolher entre a vingança ou o amor verdadeiro.
Leer másTamires - Luna
Chego em casa cansada após mais um dia andando feito louca pela cidade atrás de um serviço, não sei mais o que fazer. Na porta de casa já ouço gritos das crianças, da entrada vejo os brinquedos esparramados pela casa, a louça suja sobre a pia, uma zona… a que ponto deixei as coisas chegarem, nesse momento minha única vontade é poder sumir.
Suspiro fundo mesmo que eu queira me jogar no sofá não posso, cato alguns brinquedos e coloco na caixa enquanto vou em direção ao quarto.
—Lucas? Lucas! Cadê você? — Saio procurando meu marido, o encontro deitado no quarto deitado jogando no celular— Cara, você não fez nada? Eu já não aguento mais, custava arrumar a casa enquanto eu estava em busca de uma melhoria para nós.— pergunto impaciente.
— Não torra Tamires! Você é a mulher, ou seja, a casa e os filhos são sua obrigação. — Ele responde saindo, certamente vai voltar só de madrugada com uma desculpa esfarrapada.
— Lucas volta aqui!— Ele se vira e eu grito já no meu limite — E a de prover a casa é sua, você sai dizendo que está fazendo sua correria, volta a hora que quer, quando quer,mas não tá fazendo nada por nossa família… quer falar de obrigação? Então cumpra as suas! — Ele me dá as costas e me deixa falando sozinha.
Não sei até quando vou suportar tanta humilhação, se eu ao menos encontrasse um emprego… se bem que não pode ser qualquer salário, como vou me manter com duas crianças e ainda pagando aluguel, comida e todo básico de uma casa estando sozinha.
Volto para dentro e as lágrimas tomam conta dos meus olhos, deixo que elas desçam enquanto arrumo tudo que está fora do lugar, a sensação de incompetência e frustração tomam conta do meu espírito.
Quando finalmente coloco tudo nos devidos lugares, meus filhos banhados, alimentados e prontos para dormir, é que deito no sofá e me permito refletir. Mais um dia finalizado, menos um dia de sofrimento nessa vida complicada. Tomo meu banho e me deito para descansar, amanhã começa tudo de novo.
Ouço barulhos da porta batendo, o relógio marca três da manhã. Droga!! Lucas bêbado de novo… me dê paciência papai do céu pois se me der forças eu mato.
— De novo? Agora todo dia é isso? — Grito assim que ele coloca o pé para dentro do quarto.
— Eu estava numa missão, coisa de homem… não vem xeretar nos meus negócios— Ele fala em tom agressivo enquanto aponta o dedo na minha cara.
— Se você continuar assim vou ter que te mandar embora de casa! — aviso em tom bem mais moderado.
Lucas me olha em silêncio, não rebate, não briga… apenas me olha com um misto de emoções que eu não soube decifrar.
— Na boa mulher, eu te amo pra Carai… não torra minha paciência, eu estou fazendo meu melhor para conseguir um progresso para gente e você fica nessa, não dá tempo para minha cabeça. Poxa, já não basta a vida, tem que vir você também ferrar com meu juízo? — Ele pergunta e se senta na cama com a cabeça baixa, no mesmo instante me sinto culpada por tudo que disse.
— Desculpa meu amor, só fiquei nervosa com tudo, mas já passou… eu também quero melhorar nossa vida, só não sei como. Não consigo arrumar um serviço, não consigo fazer nada que gere algum dinheiro.— Ele fala cabisbaixo
— Depois pensamos nisso, vem aqui! — Ele fala com a voz branda e me beija.
O beijo vai tomando intensidade como a tempos não acontecia, sorrio pequeno com essa mudança e o sorriso fica ainda maior quando ele me deita na cama e começa a beijar meu pescoço enquanto tira minha blusa.
Eu amo tanto esse homem, brigamos e tudo, mas ele sabe me deixar derretida. Me entrego completa e apaixonada deixando para trás todo ressentimento que a pouco trazia em meu peito. As mãos de Lucas percorre meu corpo com firmeza até tocar minha intimidade, sua língua brinca com os bicos dos meus seios me fazendo arrepiar.
Como se fosse nossa primeira vez, ele me faz sentir amada e desejada, preocupa-se com meu prazer e faz tudo que eu sempre gostei, só depois de me deixar completamente satisfeita é que ele termina.
Ficamos abraçados por um tempo em silêncio, em meus pensamentos o único desejo é de que as horas não passam e que esse momento perdue pela eternidade.
— Amor, está dormindo? — Lucas me chama com a voz rouca e eu sinto meu corpo descarregar uma adrenalina.
— Não, mas estou quase… o que é? — Pergunto com voz de sono e sem vontade de me levantar.
— Queria conversar com você, é sobre um emprego. — Ouço e isso me anima.
— Que notícia boa, você arrumou um serviço? Onde é? — Me sento na cama para olhar para ele.
— Esse é o ponto da questão… o emprego é para você, uma amiga vai te contratar. O que me diz? — Ele fala em tom de comemoração.
Eu acho bom, mas confesso que estou mais frustrada do que satisfeita, queria muito que ele fosse maduro suficiente para arcar com as próprias responsabilidades.
— E onde seria esse serviço, eu aceito vai ser muito bom para nós… por mais que seus pais nos ajude é chato depender deles— digo sorrindo.
— Então… minha amiga tem uma casa de massagem terapêutica, conversei com ela e está disposta a lhe dar uma vaga— Lucas fala com naturalidade.
— Mas eu não tenho curso, para isso precisa de técnica, não? — Pergunto ansiosa, parece bom demais para ser verdade.
— Ela vai te dar o curso e descontar no pagamento de forma parcelada, os ganhos são muito bons, no começo você pode não gostar, mas logo se adapta— Ele explica.
— Sei que no começo tudo é difícil, aceito sim o serviço vou me esforçar por nossa família. — Respondo feliz e ele me abraça.
Adormecemos assim, enfim o universo olhou para mim e abriu as portas. Nossa família vai encontrar a paz que tanto queremos.
Pela manhã Lucas me pede para eu me arrumar que vamos até a casa de massagem, me organizo e saímos, não há palavras que descrevam a felicidade do meu coração, já começo a fazer planos para o futuro.
Chegamos e o local não se parece com uma clínica de massagem terapêutica, na verdade é uma casa normal em um bairro de alto padrão, um dia quero poder viver num lugar assim.
Somos recebidos por uma mulher muito gentil e educada, o espaço é todo climatizado e com aroma maravilhoso, ela nos manda sentar e depois me chama para uma sala.
Entro tímida e deixo que ela me explique exatamente tudo, cada palavra sinto o sangue fugir, com toda certeza estou pálida… será que Lucas sabe o tipo de serviço ele tá arrumando para mim?
Me levanto sem esperar que ela conclua e saio sem dizer uma só palavra, meus pensamentos estão acelerados e eu não vejo nada pela minha frente.
— Lucas eu não vou trabalhar aqui, vamos embora pra casa agora! — Falo deixando uma lágrima rolar pela minha face.
Envolta na energia boa dessa nova fase, eu e as crianças subimos para fazer as malas logo após o almoço. O assunto da tarde inteira, claro, não poderia ser outro, senão as princesas que deveriam ser visitadas, e o Mickey, sem dúvidas o Mickey.Um adiantamento de planos, uma animação sem limites e mais um sonho se realizando. Gratidão, paz e felicidade é tudo que há dentro de mim, ou melhor, há esperança também.— Eu não sei quem está mais animado para isso, você ou as crianças — Pedro brinca quando diz, e j**a o seu corpo ao meu lado na cama.— Nem eu sei dizer. — Confesso — isso vai ser como uma recompensa depois de mais uma etapa difícil, espero que seja a última.— Isso é verdade, — ele fala, a sua mão desliza pelo meu rosto — nós merecemos isso, amanhã hora dessas estaremos no avião, virando essa página.— Virando a página não, queimando o livro, agora vem um clichê romântico ou conto de fadas, chega de terror, suspense, ou seja lá o que for.Logo após a janta eu subo novamente par
Com a audiência suspensa e motivos esclarecidos, Pedro se despede do Tavares e saímos de mãos dadas no corredor do fórum, ao passar por uma porta que está aberta vejo a Samantha sentada e algemada, ela me olha e consigo sentir o seu ódio mesmo que tenha sido uma visão rápida.“Respira, foca, ela não pode fazer nada com você, respira!”, repito mentalmente tentando acalmar a mim mesma, “não há nada a temer, não há.”Apesar de o Pedro ter tentado chamar minha atenção, me mantive em silêncio todo o percurso até em casa, não há um mínimo de disposição em mim. Ao chegar, passo direto para o quarto preciso tomar o meu remédio e descansar a minha mente, sinto que vou desmoronar a qualquer minuto.Os dias voltaram a ser longos e assustadores, pergunto-me se realmente a Jaddy se matou e quantas vidas ainda serão ceifadas por aquela psicopata da Samantha.— Amor, o Tavares e o oficial de justiça estão na sala, vamos até lá ver o que ele nos traz. — Pedro fala entrando no quarto.— Assi
Para minha alegria ou tremendo desespero, o dia do julgamento chega, e me ver neste lugar me causa pânico. Meu peito está carregado de ansiedade, minha respiração está irregular, meus olhos carregados de dor e ódio, observo a porta principal e Pedro segura em minha mão, num convite para entrarmos. — Estamos juntos nessa, não só nessa, mas em qualquer situação. — Ele me olha com ternura em seus olhos, e um sorriso gentil, — Elas vão pagar por todo mal. — Eu confio! — Respondo com um meio sorriso e acompanho os passos dele. — Só fiquei um pouco nervosa. — Isso é normal, não há o que temer, este julgamento é só para que elas paguem pelo que fez e tenhamos o gostinho da vitória. — Pedro me tranquiliza levando minha mão até seus lábios.Nos acomodamos no local indicado e o passar dos minutos me dá um gelo na barriga, em breve estarei frente a frente com elas.Meu corpo começa a reagir com essa nova situação, mas assim como fiz ontem, eu me agarro às palavras do Pedro, co
Os dias na casa de campo correm na mais perfeita harmonia, eu, Pedro e as crianças apreciamos muito nosso momento em família, dias de paz e sossego que trouxeram alegria para minha alma.Mamãe e os meus sogros não puderam vir, mas na próxima eles vêm e será ainda melhor do que esse final de semana, tenho certeza. Como tudo que é bom acaba rápido, já temos fé voltar a cidade e a rotina e a tudo que eu tento esquecer.Assim que entramos em casa o celular do Pedro toca, é o Tavares, ele diz que precisamos conversar sobre o julgamento, e que vem amanhã para isso.— O julgamento foi agendado. — Pedro diz desligando o aparelho com o semblante sério — amanhã o Tavares vem conversar conosco.É algo tão complexo, tão carregado de dor e de lembranças, não só para mim como para o Pedro e o Tavares, afinal, a Samantha foi casada com ele e ela está presa por tentar vingar a morte do meu marido que era amante dela.São tantos detalhes, tantas desavenças, tantas traições, só a ideia de rever essa mu
Entramos no quarto, ele me abraça e beija me pescoço,.me perco olhando para o nada alguns segundos. — Meu amor? — Pedro me pergunta segurando meu queixo e olhando em meus olhos — está tudo bem? — Sim, sim. — me apresso a dizer, um sorriso toma conta dos meus lábios, viro-me para ele a e coloco os meus braços em volta de seu pescoço. Os meus olhos percorrem por seu rosto, e eu não pude evitar, me pergunto como um homem pode ser tão lindo, tão parceiro e... tão perfeito. E ele apenas sorri para mim enquanto esses pensamentos percorrem por minha mente, e essa doçura que só ele tem preenche o seu olhar. — Você está me olhando demais, tem certeza de que está tudo bem? — Ele pergunta e eu apenas confirmo, trazendo-o mais para perto. — Sim, está! — Respondo selando um beijo com o toque dos nossos lábios, minha mão desliza por sua nuca, — está tudo bem agora, porque... você está aqui. Pedro sorri gentil antes de me beijar novamente, a sua mão me puxa pela cintur
A semana seguimos a rotina, se é que algum dia tivemos isso, as crianças para a escola, Pedro para o escritório e eu no home-office. Hoje assim que as crianças chegarem, vamos todos para a casa de campo, inclusive a mamãe e talvez os meus sogros apareçam, acho justo um momento de paz e em família.— Senhora, trouxe a sua medicação! — Uma das assistentes da cozinha informa-me e eu pego os comprimidos, bebendo a água em seguida.— Obrigada! Quando as crianças chegarem avisa-me por favor! — Peço cordialmente.— Sim, senhora! — Ela responde e deixa o quarto.Os meus pensamentos divagam em meio a tantos acontecimentos, tantos conflitos, facilmente daria um livro e até mesmo um filme, "Netflix" olha eu aqui.Sorrio com as besteiras que penso, olho no relógio e ainda vão demorar um pouco para chegar, caminho para o banheiro tirando a roupa, ligo a banheira e preparo os sais, vou relaxar que é melhor.Ligo a hidromassagem, encosto minha cabeça, fecho os olhos e deixo todo cansaço esvair do m
Último capítulo