Dou mais alguns passos pela calçada da Nox e meu corpo trava.
O homem que me usa de muleta, de repente, me encara, como se lesse os meus pensamentos:
— Você vai conseguir, só mais um pouco.
Não. Não vou.
Por um instante, quero acreditar que é mesmo a hipnose do sangue de Cael no meu organismo, “o vínculo”, como Zara disse.
Mas sei que não é. Algo dentro de mim mudou desde que eu o conheci. Um frenesi de emoções — que eu nunca tinha sentido, e que achei que alguém como eu não era especial o suficiente para sentir — agora me guia.
Não quero me afastar.
A minha falta de resposta — e de movimento — faz com que ele puxe o braço e se equilibre por conta própria.
Então, da sua carteira, puxa um pequeno cartão de visitas, que contém um número de telefone. Pega uma caneta presa no bolso da camisa social preta e anota algo atrás do cartão.
— Só me prometa que não vai deixar de me procurar se precisar de ajuda.
Assinto com a cabeça baixa pela vergonha.
Neste exato momento, estou abraçan