Desço do apartamento no instante em que Eryon transfere caixas e mais caixas de bebidas do estoque da Nox para os bares da boate.
Ele carrega duas de cada vez, como se estivessem vazias. Zara se diverte, contabilizando as garrafas e lendo os ingredientes das bebidas coloridas. Hoje é um dos dois únicos dias na semana em que a boate não abre, e o lugar está calmo de uma forma estranha.
Ela abre uma garrafa de vinho do bar, conecta o celular no cabo do palco e, de repente, uma batida alta explode das caixas de som. As luzes se apagam, os globos coloridos começam a girar, e temos a boate toda só para nós três.
— Eu não terminei o trabalho, Eslovênia — Eryon diz, quando ela o puxa pela mão para o meio da pista de dança.
Os dois dançam com intimidade, entre sorrisos maliciosos — nada mais do que amigos com benefícios. Ainda assim, ver os dois juntos me parece… confortável. Uma alegria simples me invade, e chega a aquecer meu peito, por uma coisa tão boba: estamos dançando em uma boate va