Encaro as três notas fiscais de bebidas na mesa. Deveria lançá-las no sistema, mas qual o sentido, se toda essa contabilidade é forjada?
Mais uma noite com a Nox fechada. Mais uma noite sozinha.
O estalo de vidro quebrando no primeiro andar corta meu tédio. Pulo da cadeira, o coração acelerando. Eu deveria estar sozinha aqui. E o sistema de segurança deveria ter soado.
Outro barulho. Mais forte. Metálico. As portas dos fundos.
— Alexia! — Uma voz masculina abafada grita lá embaixo.
— Vai ser mais rápido se você se entregar! — Outra acrescenta.
Alguém lá embaixo procura por mim.
Congelo por um segundo. Minha única opção é subir.
Corro pelo corredor, mas antes de alcançar a escada, um puxão violento no meu cabelo me arranca o fôlego. Grito, até mãos cobertas por luvas pretas abafarem minha boca.
Sou erguida como uma boneca e esmagada contra o peito de um homem enorme, vestido todo de preto.
Em seguida, outro como ele surge. Não vejo seus rostos, apenas os olhos, em máscaras de um tec