Passei a madrugada pensando em Brinna. Eu queria poder me explicar, mas como dizer para ela que o meu sangue raro foi um passaporte para um mundo de vampiros — filhos de anjos caídos — sem parecer tão louca quanto a minha mãe?
Como dizer que ela não pode mais fazer parte da minha vida porque eu não sei o quão perigosa essa vida pode ser daqui para frente — e eu não quero que ela se machuque no caminho do meu segredo?
Não sei onde Cael tem passado as noites, mas o apartamento tem sido abastecido só para mim. Tomo café da manhã já no começo da tarde e desço, encontrando Sami em um jogo de sinuca com Zara.
Neste instante, estou vestindo uma blusa de malha preta de Cael — que me serve de vestido — e cueca boxers, que improvisei como shorts. Um pouco íntimo demais para alguém que nem dormiu com o dono das roupas, mas não tive opção.
— Oi, sexy! — Zara abre um sorriso enorme.
Samiel me encara de cima a baixo, um vinco nascendo no meio das suas sobrancelhas.
— Se está tentando chocar com