SAVANNAH
O 4 de Julho paira no ar como um fantasma de festejos passados. Desde o ataque a Ryder, a alegria parece ter se evaporado, substituída por uma sombra persistente.
As cores vibrantes dos fogos de artifício e o burburinho das festas parecem distantes, quase irreais. Optamos por uma celebração discreta: um jantar familiar no rancho, sem muito alarido.
Mas mesmo na tranquilidade do rancho, a ausência de Ryder é palpável. O trabalho, antes dividido entre nós dois, agora recaí sobre os meus ombros, e embora me esforçasse, a falta dele é um peso constante. Sinto falta das suas provocações, do brilho travesso nos seus olhos, da maneira como a sua sobrancelha se arqueia quando cometo um erro. É uma falta que vai além do físico, atingindo um lugar profundo no meu coração.
Sempre que possível, escapava para o andar de cima do estabulo onde ele se recupera. Precisava vê-lo, certificar-me de que está bem, sentir a sua presença por perto. É egoísmo, talvez, mas a necessidade de estar pe