Na manhã seguinte ao desaparecimento de Leandro, o Brasil acordou com uma bomba midiática.
“Caio Montenegro é investigado por lavagem de dinheiro e obstrução de justiça. Ministério Público recebe denúncia anônima com provas sigilosas.”
As manchetes estavam em todos os sites, emissoras e redes sociais. Imagens antigas de Caio entrando em reuniões corporativas com membros da antiga diretoria da Ferrer Incorporadora foram resgatadas e espalhadas como se fossem provas cabais.
Júlia observava a tela da TV na sala de reuniões do Montenegro Group, o coração acelerado, a mente fervendo em desconfiança e indignação. Caio, de pé ao lado da janela, mantinha o semblante sereno, embora o maxilar travado revelasse a tensão contida.
— Eles usaram nossos próprios arquivos. — disse ele, finalmente. — Os documentos que o Leandro ajudou a catalogar. Editaram, distorceram, conectaram coisas sem relação direta… e agora me colocaram no banco dos réus.
— Isso é um absurdo. — Júlia murmurou. — Você foi a vít