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Capítulo 5 – O Preço da Traição

POV LUCA

A raiva me consumia.

Meu meio-irmão, Vittorio, me deu um soco gratuito.

Nossa relação nunca foi boa — afinal, meu pai abandonou a mãe dele para ficar com a minha.

Mas eu não tenho culpa disso.

Sempre tentei respeitá-lo como irmão mais velho.

Só que agora, desde que herdou o grupo Castelani, ele se acha superior.

Diferente dele, eu conquistei meu império com minhas próprias mãos.

Ele não passa de um idiota.

Nos últimos anos disputamos diversos projetos… e a maioria, eu ganhei.

Essa guerra, Vittorio jamais vencerá.

Eu vou destruí-lo.

E quando terminar, vai doer nele muito mais do que o soco que me deu.

Saí do banho com apenas uma toalha na cintura.

Cassandra estava deitada na cama, sorrindo para o celular.

Não acredito que finalmente estamos juntos.

Aproximei-me e beijei sua testa.

— O que vamos jantar? Estou faminto.

— Estou com vontade de comer berinjela ao molho tahine. A cozinheira pode fazer?

— Não tenho cozinheira.

Ela arqueou a sobrancelha.

— Mas quando chegamos havia café fresquinho… maravilhoso.

Um aperto tomou meu peito.

— Foi Evie quem preparou…

Lembrei dela. Sempre fazia um escândalo nas nossas separações. Chorava, implorava para eu não abandoná-la.

Mas agora… nem uma mensagem. Nem um telefonema.

Cassandra deu de ombros.

— Amanhã resolvemos isso. Contratamos funcionários.

Falou como se já fosse dona da casa.

E de fato… seria.

Carregava meu filho.

Depois de fazermos amor, cozinhei para nós dois.

Mas acordei cedo no dia seguinte com uma mensagem de Eric, o advogado… e amigo de Evie.

O divórcio estava marcado para as dez.

Era nove da manhã.

Preparei café para Cassandra.

Enquanto lavava a louça acumulada da noite anterior, lembrei de Evie — sempre ajudava na cozinha, sempre deixava tudo em ordem.

Com Cassandra era diferente… mas eu não podia exigir nada dela.

Às nove e meia, levei café na cama para minha nova mulher.

Ela apenas sorriu, tomou e deixou a bandeja no quarto.

— Melhor não deixar no quarto, pode atrair roedores — falei, carregando para a cozinha.

— É, precisamos contratar alguém para a limpeza também — disse ela, natural, como se planejasse nossa vida juntos.

Um desconforto me atravessou, mas não respondi.

No caminho para o cartório, recebi uma ligação importante: minha secretária lembrava da reunião com Carlos Montclair, o homem mais rico do país.

Estávamos fechando um projeto milionário.

Hoje começaria minha vingança contra Vittorio.

Quando cheguei ao cartório, cumprimentei a recepcionista e fui levado para a sala.

Mas assim que entrei… meu sangue gelou.

Ela estava lá.

Evie.

De salto alto, camisa verde-oliva de botões descendo até a metade das coxas, uma cinta marcando a cintura, coque elegante no cabelo.

A maquiagem suave, os óculos de leitura… Deus, aqueles óculos.

Meu corpo reagiu na hora.

E quando ela me olhou e viu Cassandra ao meu lado… seu rosto endureceu.

— Podemos dar continuidade ao divórcio? — sua voz saiu fria, firme, sem tremor.

Eu esperava lágrimas, súplicas… mas aquela calma me matou por dentro.

Por causa da traição, tive de pagar indenização.

Ela não quis propriedades, não quis porcentagem da empresa.

Apenas um valor simbólico.

Eu tentei aumentar. Ela recusou.

Em tantos anos, construímos tanto juntos… e ela não quis nada.

Nada além de dinheiro.

Aquilo me confundiu mais do que qualquer choro.

Assinamos.

Nossos olhos se cruzaram por apenas um segundo… mas aquele instante foi um punhal.

Eu queria pedir desculpas.

Mas Cassandra estava ao meu lado.

— Amor, estamos com fome — ela disse, acariciando a barriga.

Vi Evie arrepiar.

Ainda doía nela.

Ainda me amava.

E isso, por mais cruel que fosse, me trouxe alívio.

Mais tarde, já na reunião com Montclair, tudo deu errado.

Cassandra, imprudente, se apresentou como “a mãe do futuro filho de Luca”.

Carlos congelou.

— Luca… onde está sua esposa? Onde está Evie?

Meu mundo desabou.

O homem mais poderoso do país me olhou como se eu fosse lixo.

Saiu, furioso, dizendo que repensaria os negócios.

Tudo ruiu.

Por causa dela.

À noite, desolado, fui beber com Eric.

— Você deixou Cassandra arruinar tudo com Montclair. — Ele me repreendeu.

— Eu errei… não devia ter levado ela ao escritório. Todos lá conhecem Evie.

Ele me encarou sério.

— Onde você estava com a cabeça em terminar com Evie?

Engoli em seco.

— Eu só não queria mostrar fraqueza… Cassandra sempre foi meu ponto fraco. Uma noite de loucura e ela engravidou. Não posso abandonar meu filho. Evie… foi apenas uma esposa comum.

Eric riu, descrente.

— Você é louco, Luca.

De repente, a música do bar mudou.

Olhei para a pista… e meu coração parou.

Ela estava lá.

Evie.

Um vestido azul curto, aberto nas costas, cabelos soltos ondulando com a batida da música.

A maquiagem realçava seus olhos, sua silhueta nunca esteve tão perfeita.

Ela dançava com Ana, leve, deslumbrante.

Eu não conseguia respirar.

Eric deu uma risada baixa.

— Já está se arrependendo? Até eu tô com vontade de tirar ela pra dançar.

— Cala a boca — rosnei, mas não consegui desviar o olhar.

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