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Capítulo 6 – Entre as Cinzas e o Recomeço

POV Evie

Depois de uma tarde inteira escolhendo apartamentos e visitando lojas, era hora de comemorar.

"Comemorar" talvez não fosse a palavra certa.

Eu não queria esse divórcio.

Mas agora precisava aceitar.

Precisava reerguer minha vida.

E nada melhor do que uma festa para marcar o fim de uma etapa… e o começo de outra.

Entramos na boate.

Luzes coloridas, música alta, bebida gelada.

Senti o álcool aquecer meu corpo.

Quando minha música favorita começou a tocar, puxei Ana para a pista.

Dançamos coladas, livres, sem pensar em nada.

Eu estava feliz.

Feliz por ter uma amiga como ela.

Até que um idiota se aproximou.

— Que tal nós três? — disse, atrevido.

Ana não pensou duas vezes.

Quase chutou a bunda dele de verdade.

Rimos, voltamos a dançar, até ficarmos sem fôlego.

— Garçom, mais duas! — pedi, ainda ofegante.

— Evie… vai com calma. Você sabe como fica quando bebe. Não vou deixar você sair com qualquer um só para apagar o fogo. — Ana advertiu.

— Eu sei, eu sei… essa é a última. Prometo. — Fiz beicinho.

Ela revirou os olhos.

Outro homem se aproximou.

Dessa vez, deixei.

Ele era bonito, charmoso.

Pagou bebidas, conversou, parecia educado.

— Posso roubar sua amiga para uma dança? — perguntou a Ana.

— Estou de olho em vocês. — Ela lançou um olhar fulminante.

Ele sorriu.

— Prometo entregar ela inteira.

Fiz um biquinho, e Ana entendeu na hora que eu não queria voltar "inteira".

Nós rimos.

Deixei acontecer.

Não queria me jogar nos braços de qualquer um, mas precisava me sentir desejada.

No início, ele dançou bem.

Mas logo ficou ousado demais.

Me puxou para dançar colado, a mão deslizando até minha bunda.

Senti sua ereção pressionar meu corpo.

Empurrei, pronta para dar um tapa.

Mas não precisei.

Um murro veio antes da minha mão.

Luca.

Ele surgiu do nada, o olhar escuro, me pegando pelo braço e me arrastando para um canto.

— O que você pensa que está fazendo?

Meu coração disparou.

— Luca?! O que você está fazendo aqui? Eu não pedi sua ajuda!

— Então você estava gostando dele se esfregando em você? Quer dormir com ele? — cuspiu as palavras como veneno.

— O que eu faço ou deixo de fazer da minha vida não diz respeito a você. Estamos divorciados!

— Evie… me escuta. Eu sei que te magoei, mas você não precisa se entregar assim. Podemos ser amigos.

— Eu não quero! Não quero nada com você!

— Sei que você fala isso da boca pra fora. Fomos companheiros por dez anos. Sei que ainda gosta de mim. Não se jogue ao primeiro que aparece.

As palavras dele cortaram fundo.

Mas eu respirei fundo.

— Vá cuidar da sua mulher. Do seu filho. Você devia estar com ela agora.

Quando mencionei Cassandra, seu olhar escureceu ainda mais.

— Sei que te magoei… mas podemos ao menos tentar uma amizade. Assim você não precisa se destruir.

Eu ri, amarga.

— Você quer que eu seja a amante? Nunca!

— Não foi isso que eu quis dizer…

— Me deixe em paz, Luca!

Nesse momento, Ana apareceu e me puxou.

— Evie, você está bem? Luca, que diabos você está fazendo?

Só então percebi como nossos corpos estavam perigosamente próximos.

— Vamos embora, Ana. Minha noite foi estragada.

— Eu levo vocês. — Luca insistiu.

— Não. Vamos de Uber.

— Eu não vou falar mais uma vez.

O silêncio que seguiu foi sufocante.

Entramos no carro.

Eric estava no banco da frente, ao lado de Luca.

Eu e Ana atrás.

Senti o olhar dele no retrovisor, queimando minha pele.

Eric tentou aliviar:

— Evie, hoje seus olhos estão mais brilhantes que o normal. Esse verde… é lindo.

Luca completou, rouco:

— Lindo demais. Brilha como nunca.

Meus lábios tremeram.

Corei.

Ana apertou minha mão.

E então o celular de Eric tocou.

Cassandra.

Ele atendeu, disse que Luca ligaria depois.

Mas antes que o clima aliviasse, meu telefone tocou.

Cassandra.

— Pode devolver meu homem? — perguntou, debochada, como se Luca fosse um objeto.

Meu sangue ferveu.

— Faz um favor, Cassandra. Mantém seu cachorro na coleira. Não quero nunca mais ver nem ouvir nenhum de vocês dois.

Desliguei.

Senti o olhar de Luca, mas não cedi.

Se olhasse, choraria.

Chegamos na casa de Ana.

Desci sem me despedir.

Ele tentou me seguir, mas Eric o segurou.

— Você já destruiu a vida dela o suficiente.

— Está do lado de quem, Eric?

— Só não quero que faça ela sofrer mais. Nem você quer isso.

Entrei. Fui direto para o banho.

Queria apagar o cheiro dele da minha pele.

Ele ainda me destruía.

Mas eu estava decidida a me reconstruir.

Pedacinho por pedacinho.

Quando saí, olhei meu celular.

Uma nova mensagem.

De: Carlos Montclair

“Senhorita Bellavie,

Descobri que você e o senhor Moretti se separaram.

Acompanho suas reuniões há anos e sei de sua formação e talento em biotecnologia.

Gostaria muito que aceitasse meu convite para integrar nosso grupo de profissionais.

Da última vez você recusou por estar ajudando Moretti a erguer sua empresa.

Mas agora, peço que pense com carinho.

Segue em anexo a proposta.

Atenciosamente,

Carlos Montclair.”

Meu coração disparou.

Talvez… minha vida estivesse prestes a mudar.

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