A madrugada caía pesada sobre a mansão de Alejandro. A casa parecia mergulhada em um silêncio sufocante, mas havia algo no ar — uma inquietação densa, quase palpável. Natalie sentia na pele o aviso mudo de que algo estava fora do lugar.
Tentou dormir, mas o descanso era impossível. O corpo cansado se revirava nos lençóis enquanto a mente fervilhava. Cada ruído, cada sombra projetada nas paredes fazia o coração acelerar. O calor da presença de Alejandro ao seu lado era a única âncora naquele mar revolto de incertezas.
No quarto ao lado, Malu e Isadora dormiam tranquilas, alheias à tempestade iminente. Malu, mesmo com o alívio de ver a filha recuperada, carregava nos olhos a apreensão de quem conhece o peso do sobrenome Torres. Alejandro era o rei de um mundo sombrio, e a sombra desse império se estendia sobre todos ao redor.
---
O relógio piscava 2h43 quando o silêncio foi quebrado pelo som contido de passos firmes no corredor.
Natalie despertou do sono inquieto e viu a porta