O céu começava a escurecer quando Natalie caminhava pelo jardim da mansão, o ar fresco da noite aliviando a tensão que ainda queimava em seu peito. Os últimos dias tinham sido uma montanha-russa de emoções — entre os momentos intensos ao lado de Alejandro e o peso das ameaças constantes que pairavam sobre eles. Ela sabia que o perigo estava sempre ali, nas sombras, à espreita, mas, ainda assim, havia encontrado, mesmo que aos poucos, um estranho refúgio ao lado daquele homem tão complexo e enigmático.
Enquanto caminhava entre as flores cuidadosamente cultivadas, o som de passos atrás dela a fez parar abruptamente. Virou-se, com o coração disparado, mas não era ninguém além de Alejandro, que a observava com aquele olhar intenso, como se pudesse decifrar cada um dos seus pensamentos.
— Você está andando sozinha — disse ele, a voz rouca, carregada de preocupação. — Não devia.
Ela tentou sorrir, mas a ansiedade ainda borbulhava dentro dela.
— Eu precisava respirar um pouco… Esses dias têm