Ela saiu.
Ele permaneceu parado, encarando a porta como se esperasse que ela voltasse. Mas ela não voltaria. Não agora.
A respiração ainda pesada, o coração batendo mais rápido do que deveria. E isso o irritava. Ele já enfrentou homens com armas apontadas pra cabeça dele, já viu sangue jorrar a centímetros de seus pés, e nunca — nunca — sentiu o que sentiu agora, com aquela maldita mulher colada ao corpo dele, os olhos dela tremendo, as mãos apertadas contra o peito dele tentando resistir… e falhando.
Ela estava nervosa. Mas ele também estava.
Natalie.
O nome dela era um veneno doce que corria pelas veias dele e queimava lentamente. Ele odiava aquilo. Odiava o que ela causava sem nem perceber. Odiava mais ainda o fato de não conseguir se afastar.
Passou a mão pelos cabelos, deu um passo para trás e encostou as costas na parede da sala. Fechou os olhos por um instante. Sentia o cheiro dela na camisa. O calor dela ainda impregnado na pele.
Ela era médica. Ele era o pesadel